terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mais Perdido que Cego em Tiroteio - Tiros em Columbine

O meu segundo documentário é Bowling for Columbine. Sei que a maioria aqui já deve ter assistido, então nem vou perder muito tempo sobre o que é filme, mesmo porque é meio óbvio, né? O panorama das armas nos EUA, suas origens e consequências.

Então, podemos ir direto para as considerações. A primeira coisa interessante foi o Michael Moore mostrar que algumas justificativas, como histórico de violência do país, grande quantidade de armas e pobreza, não tem fundamento nenhum! Elas são somente desculpa, a justificativa que ele dá é o MEDO!

E isso é o que você percebe desde o início do documentário quando ele diz: "Americans have to be armed" - Como se o perigo estivesse na próxima esquina, só esperando para atacar. Mas é só paranóia mesmo. Assim como muita coisa na cultura americana, tudo paranóia alimentada pelo medo, muito medo.

E, depois, algumas situações curiosas, como o cara da NRA sempre aparecer nas cidades para fazer um rally logo depois das tragédias com armas, foi assim em Columbine e foi assim em Flint. E ele ainda teve a cara de pau de falar que não foi de propósito. Não, não, imagina...

Algumas questões que ele levanta, se você trabalha numa fábrica de míssil, como você explica para seus filhos que você é diferente de quem pratica massacres como Columbine ou até mesmo ataques terroristas. Se você falar que não mata inocentes, já começou mentindo...

E a pergunta que fica: "But who is to blame?" - A minha opinião ainda fica com South Park, Marilyn Manson, video game ou até o boliche já que os garotos responsáveis pelo o que ocorreu em Columbine estavam jogando boliche na manhã do ocorrido.

Para terminar, só uma coisa, pra quê dar porte de arma e aulas de tiro para um cara CEGO????

Enfim, assista que vale a pena! Nota: 7,5


domingo, 11 de dezembro de 2011

O desafio documentarzzzzzz - Nascidos em Bordéis

Conforme havia prometido, estou numa missão de assistir um documentário por dia, depois venho aqui e comento sobre ele. Não esperem comentários inteligentes, espirituosos ou cheios de insight, a proposta não é essa (mesmo porque não conseguiria fazer nada assim), mas sim compartilhar com todos um pouco da minha visão das coisas.

O documentário escolhido para iniciar essa saga foi Born into Brothels (podem ir se acostumando que eu sempre falo o nome dos filmes em inglês).

Eu já havia assistido alguma coisa desse documentário há algum tempo atrás, mas agora o assisti por completo.

"It's almost impossible to photograph in the Red Light District" - É assim que a fotógrafa Zana Briski começa contando a sua história. Sua intenção inicial era fotografar a vida das profissionais do sexo do famoso bairro de prostituição de Calcutá, mas era dificílimo conseguir autorização para isso.

Ela, então, resolve dar máquinas fotográficas a oito crianças, juntamente com aulas de fotografia e revelação e, principalmente, uma nova perspectiva de vida.

E tudo começa muito despretensiosamente, as crianças se divertem com as máquinas, se mostram audaciosas atrás das lentes e os primeiros talentos começam a surgir.

Até que os cineastas começam a se sentir envolvidos pelos problemas das crianças. Todos são filhos de prostitutas (insira o palavrão aqui sem medo de ser julgado), muitas vezes eles vêm até de gerações de prostitutas e isso têm as suas implicações, como o fato das meninas serem preparadas para entrar na "fila" e nenhuma escola fora do próprio Red Light os aceitarem.

As crianças começam a ganhar prestígio local e internacional com suas fotos, e aí que começa a saga!

Os cineastas começam a ir atrás de escolas que poderiam aceitar as crianças, principalmente as meninas. E um deles, um garoto chamado Avijit, ganha a oportunidade de representar a Índia numa mostra internacional em Amsterdam, mas ele e Zana Briski dão de encontro com a burocracia indiana e a impossível tarefa de se tirar um passaporte.

Vários conflitos acabam dificultando bastante a tarefa de dar uma vida melhor a essas crianças. Nos apresentam todo um cenário de preconceito por causa das castas na Índia, o fato dos pais ou responsáveis pelas crianças não os deixarem sair de lá, nem mesmo para estudar, e também das crianças estarem acostumadas à vida que levam.

Born into Brothels é um documentário que além de mostrar de forma quase exclusiva como é a vida no Red Light District, também mostra que boa vontade nem sempre é o suficiente para ajudar alguém. Ele até poderia ter um final feliz, mas te joga na cara como as coisas realmente são.

Recomendo bastante! Nota 7.