sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pânico, pânico!

Tudo bem que eu disse que as coisas não estavam tão feias assim. Mas isso foi antes da notícia que eu tive logo ao acordar que um dos maiores bancos de varejo do país faliu e foi comprado por outro banco a pedido do governo.
Agora sim, estou muito, muito preocupada...
E, ok, eu admito! Eu não sei nada de economia!

Será um sinal de fim dos tempos?? Afinal até os ETs estão planejando uma visitinha.

Se alguém ver alguma coisa nos céus no dia 14/10, por favor me avise!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Meus five cents da Crise Econômica

Só para esclarecer algo que estão todos (ou quase todos me perguntando), eu vou comentar como estou vendo a crise aqui de dentro. E deixando bem claro que eu não sou economista e não entendo nada disso, posso estar completamente enganada, mas só vou dizer o que eu vejo.
Existe gente perdendo dinheiro, existe. Existe gente que perdendo a casa, existe. Mas, na minha opinião, sem desmerecer o sofrimento de ninguém, as coisas não estão tão feias assim.
Vejamos: Ao passo que tinha um monte, mas um monte mesmo, de pessoas pagando uma hipoteca surreal de cara pelas casas, hoje em dia eles podem negociar, já que alguns bancos estão preferindo receber alguma coisa do que não receber nada. E para aqueles que não querem fazer isso, podem sair de casa e pagar um aluguel mais barato que a hipoteca, já que não iam pagar a hipoteca, e o banco ia tomar a casa mesmo. Já vi pessoas fazendo qualquer um dos dois.
E a crise na bolsa? Bom, uma coisa é verdade, dificilmente alguém vai ficar pobre e morrer de fome porque perdeu dinheiro na bolsa, já que a maioria não tira o seu sustento daí. E como muitos economistas já disseram: se você conseguir segurar um pouco, as coisas vão voltar ao normal.
Aos que perderam emprego porque algum banco quebrou, aposto que conseguirão um outro emprego logo, logo. Inclusive, algumas pessoas receberam proposta de emprego na porta de um banco que quebrou.
Claro que esse não é o melhor dos mundos, mas se pensarmos bem, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. O mercado imobiliário, tido como o pivot dessa crise, estava super inflacionado. Uma hora alguém iria perceber que os imóveis não estavam valendo tanto assim.
E, depois, e aí estão os meus five cents, de vez em quando, uns chacoalhões como esses fazem os fracos caírem e somente os mais fortes continuarem.
É, mais uma vez, a lei da seleção natural agindo no mundo.

Putz! Esse post não ficou engraçado! Para resolver isso:
Entraram no bar: Joaquim, Manoel...

Dona de Casa exemplar

Muito prazer! :)
Antes de ir ao Brasil eu estava meio que tentando não me entregar a essa minha nova realidade, mas, depois de um ano aqui e perceber que um trabalho legal (em todas as suas denotações) não será uma tarefa tão fácil assim a menos que eu volte para o verdelindo, resolvi assumir minha posição de dona de casa.
Um dia desses, um amigo meu me perguntou se eu estava fazendo a janta e aquilo me pareceu tão irreal que eu respondi: "Claro que não!" E, aí, ele veio com uma constatação que me afetou mais que eu esperava: "E não é isso que se espera de uma esposa que não está trabalhando?"
Tá bom, eu deixo ele me afetar demais, mas fiquei pensando nisso e acho que, no fundo, eu não gostei porque eu acho que ele está certo. Então, agora, enquanto eu for dona de casa, eu serei uma dona de casa exemplar! (Obrigada, Rafael)
Mas tudo vai depender do meu humor, claro! No dia que estiver no humor, eu cozinho. No dia que eu estiver no humor, eu arrumo. No dia que estiver no humor, eu faxino. Tudo bem que ultimamente nenhum desses humores têm se manifestado, mas eu tenho esperado aqui, quietinha, até que algum deles desperte.
Enquanto isso, tenho mais tempo para escrever no meu blog que ficou esquecido tanto tempo, não é?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cidadania: A gente vê por aqui!

Nesta semana que passou, participei de um momento único na minha vida (assim espero)! Assisti a uma cerimônia de cidadania americana, ou seja, mais de 1100 pessoas de outras nacionalidades se tornando cidadãs americanas. Eu diria que foi uma experiência, no mínimo, peculiar e um pouco traumatizante também. Me explicarei melhor, e do princípio.
Uma amiga nossa iria participar nessa cerimônia e iria sozinha, eu imaginei que ninguém deveria estar sozinho neste momento e me ofereci para acompanhá-la. E fomos!
Quarteirões antes já estava um trânsito infernal!!!!! E parecia School Zone, onde os carros precisam dirigir a, no máximo, 15m/h!! Pensei: Morri e voltei para São Paulo??? Ou sonhei que morava nos EUA e agora acordei no meio do trânsito de São Paulo???
Quase uma hora depois, chegamos no local para descobrir que o estacionamento estava lotado!!! Mas, como sempre, tem alguém que se aproveita da desgraça dos outros! Tinha um estacionamento ao lado do prédio pela bagatela de U$10!!! Um roubo! Mas a única opção, fazer o que??
Resumindo, estramos no auditório e estava cheião! Muita gente na parte de baixo, os que iriam se tornar cidadãos, e, na parte de cima, os convidados, onde tinha mais gente ainda.
Depois de algumas horas, algumas músicas legais, tocaram reggae, música latina e americana, a cerimônia começou. Eu não vou contá-la em detalhes, mas somente as partes que mais me chamaram a atenção.
Primeiro eles foram chamando os 76 países presentes em ordem alfabética, mas deixaram os que tinham mais representantes para o final. Alguns eram bem óbvios, como Cuba, Colômbia, Haiti, mas outros eu nem imaginaria, como o Peru! Vou procurar descobrir, mas não consigo imaginar agora porque tantos peruanos! Tinha uns 90 e tanto!! De cuba tinha mais tinha 350 pessoas! Eu não ia falar quantas brasileiros tinham só de maldade! Para deixar todos curiosos, mas minha bondade falou mais alto... Sou coração mole, mesmo! Fazer o que, né? Tinham 32 brasileiros,. Pronto! Falei!
O sentimento que você tem nesse tipo de cerimônia é um misto de patriotismo e crença no futuro, sabe? Não sei explicar porque, mas talvez seja pela intenção coletiva nesse momento. Ainda mais porque eles passam um vídeo da estátua da Liberdade com aquele poema dela dizendo: dê-me os seus homens cansados, rejeitados e blá, blá, blá.
Mas você começa a ser mais racional em outros momentos, como no que eles chamaram um soldado que estava se tornando cidadão americano naquele momento e que iria ser mandado para o Iraque daqui a dois meses, nesse momento dá uma dó! E você acaba pensando em todas as pessoas que precisam passar por aqui para ganhar a tão sonhada cidadania americana. Essa parte é bem triste....
E também é um sentimento completamente diferente no momento do juramento, quando as pessoas juram por Deus renegar o seu país e tudo o que ele representa para você. É forte pra caramba!!
E esse é o motivo pelo qual eu acho que dificilmente passaria por isso.
Apesar de tudo, eu amo o meu país! Qualquer pessoa que me conhece um pouco mais, sabe disso.
E como diria Tom Jobim, na época que ele passou um tempo por aqui, para tentar explicar porque ele não se decidia onde morar, ele disse mais ou menos assim: "Sabe o que é? É que o Brasil é uma bosta, mas é bom. E lá é bom, mas é uma bosta."
Se é ele quem tá dizendo, quem sou eu para contrariar?